Sindicato critica desoneração sem resultados: empregos não surgiram conforme prometido

Os Metalúrgicos do ABC expressam apoio ao veto recente do presidente Lula à desoneração da folha de pagamento, destacando que a medida implementada em 2011 não gerou os empregos esperados e beneficiou apenas alguns setores.

Um levantamento do Ipea revela que, de 2012 a 2022, os 17 setores empresariais favorecidos pela desoneração não apenas cortaram vagas, mas também figuraram entre os menos empregadores. Enquanto outros setores privados expandiram em 6,3% seus empregos com carteira assinada, os desonerados viram uma redução de 13,0%, representando 54% da destruição total de vagas.

O diretor executivo do Sindicato, Luiz Carlos Oliveira Dias, conhecido como Luizão, respalda a posição dos Metalúrgicos, argumentando que a desoneração não cumpriu seu propósito inicial de criar empregos, transformando-se, na realidade, em lucro para alguns setores. Ele destaca a injustiça de beneficiar alguns segmentos enquanto outros são excluídos.

Luizão sugere alternativas, como desonerar o trabalhador pelo imposto de renda, injetando dinheiro diretamente no bolso da população para impulsionar o consumo e melhorar a economia nacional.

O dirigente reforça a necessidade de diálogo, exigindo compromissos e contrapartidas para garantir que todos os setores se beneficiem, e não apenas alguns às custas da Previdência.

Ele também critica a reforma da Previdência, considerando-a outra falácia, pois os recursos que deveriam ir para a Previdência permanecem nas mãos de alguns, sem gerar empregos conforme prometido.

Apesar do término da desoneração em 2023, o Congresso Nacional aprovou sua prorrogação até 31 de dezembro de 2027 sem exigir contrapartidas. O impacto financeiro, estimado em um rombo de R$ 9,4 bilhões anuais na arrecadação do país, reforça a urgência de uma revisão crítica dessas políticas.

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